terça-feira, 11 de janeiro de 2011

enquanto alcool, enquanto pés, em quantos pés

meia milha, velha trilha
canta pneu roçando o vento
empina poeira e escorrega macio o fresco
na lama, lamacenta guerrilha de quatro pés
[em roda]

gira um segundo e vela
velha trilha corrediça, passadiça, quebradiça terra
aloma a noite estrelada maravilha empoeirada
manhanita, avermelhada tenso e forte
feito dor na nuca, dor de culpa e novelos [nós]

tenta, amor!

tenta fazer outro passo que este não é nosso!
alcoolicos jejuns, joelhos atônitos
em terra o pó
em terra a pedra cravante

eu te daria o céu meu bem
e todas as estrelas também
e toda a melodia afinada que eu não posso ser
por hora

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.Pitacos alheios.