domingo, 29 de abril de 2012

Último chá, às 5:34 do dia seguinte




beira á mesa a xícara de tons pasteis
sobre a espreita e olhares de um penar corroído
é fé arriada às penosas prossissões da cura
releva a amarga descida ao inferno que é

confronta numa luta ferrenha só com esperança
não deixa calar a batida do corpo estendido
tortura daquele que se dôa [afinco]
sabendo que do outro esperaria o mesmo

busca reter-se a porta dessa agonia
sob a conformação de uma perda precoce
de um leito vazio, de um quase 'revival',
quase uma nova sinfonia

corre a angustia latente a embriaguez incongruente de 'desmemórias' etílicas
alheia-se na imensidão de coisas passadas[vazio]
na elevação da alma alheia...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

.Pitacos alheios.