domingo, 29 de novembro de 2009

Café

delícia, deleite que me toma, me tranca e liberta...
liquída-te, liquido-te [sedenta], engulo-te!
do gozo de beber-te, calor que me consome inteira
diz vício, diz toque da minha mania insâna

doente me fico e me 'dou por' à abstinencia momentânea
mas se o colorido me toma desta hipocondria dirigida
mascavo, lático, lúdico, amargo e puro
tirano, enfio à guela esse pó escuro

maldita química mortífera que me leva os anos
adoça a vida corrente é puro engano
colheres de meia vez mergulham impunes
açúcares e doses de leite desnatado
[agito]

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.Pitacos alheios.