domingo, 10 de janeiro de 2010

Conformação

nhá! não me vale nada forçar essas dores
por puro 'deslude' e acaso poético
deveria eu esquecer meus amores
e afogas as mágoas em puro ébrio
[desvanecendo as manhãs de chuva e culpas tendenciosas]

um copo quente vem afagar meus dias
um corpo quente, frio em mim deságua
e a maré da vida te fez o meu abrigo, meu juízo e minha calma
e ainda assim és das dores a mais doída
[bandida, distante e singular]

se na batida coração hesita
perdendo a calma, ascendendo centelhas, soltando faíscas
tendendo a fuga parcial da vida [alheia-se, viaja, corre para o lado de quem ama]
chorando as dores de coisas ainda não vividas [impossibilidade momentânea]
e volta...
Baque! epitáfio da minha vida [será Karma?]

mas se é chama ou coisa parecida
não é amor, não pode ser, é coisa antiga
mas nada me resta se não ouvir tuas musicas
apreciar de longe tuas formas, tuas curvas
esse jeito, esse giz , essa arte
como quem dança e brinca com o meu sorriso...

eu não desisto!

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.Pitacos alheios.