domingo, 3 de janeiro de 2010

Bóramar!

sentelha [fina] vermelho estalo em noite escura
fagulha que respinga vício de céu estrelado
carrega serena nos olhos doce encanto, menina
aduba morena no peito aperto e amores

fervilha os rubros rumores ao pé do ouvido
sorrisos e borboletas nuca e arepio
o brilho dos olhos espanto[por um fio]
o virgem orvalho da poça platônica

futuros e noites ardentes de verdades insólidas
carentes, carícias, apegos, chamegos abraços
olhares, perfumes de toques momentos minutos
cabelos, pernas e lobos [mordidas]

e não é amor completo e rico
se não for saudade, ausência e choro de graça
[baldes de esperança, litros de presença]
se não for preguiça, se não for rotina
se não for pirraça, se não for toalhas,
se não for pinturas, se não for cacos
e pratos, e chinelos, e pantufas, e bebes,
e ciúmes, e perfumes e manchas de batons...

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.Pitacos alheios.