tem certos amores marotos que batem na porta do peito
entram, prometem o mundo, fazem bagunça e partem
feito vendedor de enciclopédia
não há saída, o amor quando entra é caso perdido
é guerra interna [entre o juízo e a falta que faz...]
mas palavra que é palavra tem força e vontade própria
ingrato e indigno daquele que a desfaz
que diz e rediz coisas da boca pra fora
que brinca de vida e de escrita com os sentimentos[alheios alheios?]
eu prefiro mil vezes as cartas vazias daquele que nada dizem
mas que nos fazem provar céu e inferno em segundos
feito montanha-russas, feito chicletes ácidos
eu prefiro mil vezes os romances que entram pelas frestas, pelas fechaduras
daqueles amores quentinhos que põem tudo a ganhar e a perder [deixam tudo a prova]
amores de roleta-russa...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
.Pitacos alheios.