quinta-feira, 9 de abril de 2009

Balde

.

Amanheceu, nascente...

decresce da alma um amor infantil
porque falar de amor já é piegas
já é de praxe, não me preenche mais
nada mais nos preenche...

sopro um sopro vazio nessa corneta de sonhos intocados
nesse soneto sarcástico que é a vida
bonita, bonita...

quero-te mangar das valsas, das caretas do acaso
das tuas maças do rosto...das sardas que Deus nos deu...

porque a minha graça é a graça que eu tiro das coisas tuas
das nossas coisas, dessa nossa mania de ser cara de um e fuça do outro
não que não me queira gabar...mas sou tuas partes mais partes,
mais peculiares que te fazem assim, que me fazem assado...

sou um pedaço crescente...um balde d'água na margem do rio
pronto pra se jogar, pra se molhar nas turvas águas
pra se encher, pra se esbaldar...

as vezes eu só preciso de um pingado orvalho de esperança...
deixa eu cair na água antes que a chuva passe
antes que o rio seque...

.balde.

.

2 comentários:

  1. nana é lella do proezias também.
    =]
    prazer!
    um xeru

    ResponderExcluir
  2. porque a minha graça é a graça que eu tiro das coisas tuas
    das nossas coisas, dessa nossa mania de ser cara de um e fuça do outro


    quee liindoo *-*

    ResponderExcluir

.Pitacos alheios.