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enquanto se espera há uma vista longe, uma ideia fosca
do tudo, é o quase nada que se preze
enquanto se espera há uma tentativa molenga
das coisas que se desejam, de coisas impensadas
enquanto se espera, há uma coisa e outra
sempre um amarelo quase, quase amarelo, quase humano
enquanto se espera, há sempre uma tentativa perversa de desistir por nada...
por uma tentativa chorosa de se não seguir em frente
seguir meio de banda, de má vontade...
só de esgueira pra ver quem consegue
enquanto se espera, enquanto se demanda força
enquanto se convoca agente
há sempre quem se ache no meio de tudo
como que de praxe, mareando um sopro de alguma qualquer coisa da vida
enquanto se espera, quase se completa, por um triz que quase
um sorriso pleno no rosto, um conseguinte, um milagre
um palpitar concreto das coisas que funcionam
das coisas que gozam do gozo da existência
coisas que se acendem, resplandecentes nos rostos que despertam
do alvorecer daquilo que nasce novo
tudo nasce de novo, do novo que se segue à todo e quase...
e quase...'quase' é o todo que nos une...
é o todo que nos impulsiona a vida...
é a engrenagem...(estabanada eu diria)
daquilo que se almeja...
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.Pitacos alheios.