domingo, 27 de dezembro de 2009

Carnival

maculada noite segue adentro
cantigas de ninar, Amazonas, sereno
corre rio adentro na mata escura e pende
luar dentre mechas de folhas e cipós nativos

mato na cara de foice de medo e de garra
figura trincada na terra se diz caçador,
[se diz criador, se diz criatura]

foge da noite e da crença da treva que mina
do sangue do leite veneno de vil criatura

crava no seio o escudo de alta bravura,
fere a terra o bravo, o médio insano
fita penoso o presunto caido na lama
pobre quadrupede [dócil, indefesso, extinto]

ronca a sobrevivência [razão ambígua?]
e não lhe nega a flora [intestinal] adubo
esconde no fundo da pança benevolência

tende piedade de nós...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

.Pitacos alheios.