quarta-feira, 26 de maio de 2010

quando o clichê é irrelevante

Imaginar os apertos e dores do peito é fácil!
é fácil quando não se quer desatá-los...
é fácil!

eu que não tenho e nunca tive letreiro na testa
nem placas luminosas encandeando o acaso
só tive dois aliados na vida de amores
[se é que disso posso chamar]
telefone e lápis

eu que nunca tive letreiro na testa
nem setas amarelas rígidas, curvícas, zigzeas
tenho um abuso tremendo dos trotes do coração
que teima que bate e rebate na caixa toráxica
como que remuendo uma coisa terna
uma coisa besta e frágil que é gostar

eu que nunca tive, não tenho e nunca vou ter letreiro na testa
nem versos pronto, nem rimas ricas, e sou do contra
liquidificador é útil! [...]
prefiro as coisas ditas e concretas
a me perder nas cores do encantamento

é!

cansei de matutar espaços no coração alheio...

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.Pitacos alheios.